O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos, animais, plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma forma intensa as suas vivências.
As culturas da antiguidade como a Egípcia e Grega, deixaram marcas da sua história registadas sob a forma de imagens desenhadas que nos oferecem meios para a compreensão do seu pensamento história e sabedoria.
O desenho da idade média nos transporta para o ambiente da época com os seus personagens ingénuos e "impossíveis" por ausência da perspectiva.
No renascimento o desenho ganha força com as suas perspectivas sublimes e a sensibilidade grandiosa dos mestres da época.
Cada cultura possui saberes, códigos e valores próprios e portanto condiciona os sistemas de comunicação. O desenho de cada período histórico é condicionado por aquilo que em determinado momento histórico é considerado verdadeiro e digno de importância.
o carácter de um desenho varia caracterizando a capacidade de representação, sensibilidade, personalidade e interesses de cada um. Mesmo desenhos do mesmo indivíduo, por vezes variam bastante de acordo com diversos fatores, como a experiência, vivências, estados de espírito, etc.
Do ponto de vista do observador procura-se fazer a descodificação do que se vê representado, a partir do que se conhece do mundo, fazendo associações automáticas entre o que conhecemos da realidade e o que vemos representado.
O receptor, aquele que analisa um desenho, também só perceberá nele o que conseguir ou quiser entender. A cultura que cada um de nós possui, vai tornar-nos mais ou menos capazes de extrair "leituras" de uma imagem ou desenho. O tipo de sensibilidade, a disponibilidade e curiosidade para apreciar a imagem também conduzem a uma apreensão mais rica ou mais pobre.
Quase sempre um registo desenhado parte de uma experiência de observação da realidade. Refletindo sobre o que vê, o homem registra o que compreende da realidade e o que julga ser digno de interesse.
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